domingo, 21 de abril de 2019

Pulsa na Foto: A favela dos abusados

Passei a acreditar com mais força que as coisas que desejamos nos são proporcionadas se formos merecedores e tivermos iniciativas. O objetivo de crescimento pessoal provocou em mim a necessidade de quebrar preconceitos. O jornalismo fez aflorar vontade de conhecer histórias reais.
Caminhando pela praia de Copabacana, planejei conhecer uma favela. Seis meses depois, o destino permitiu que eu conhecesse o Morro da Providência com os moradores e ativistas Cosme Felippsen e o Hugo Oliveira. Com eles puder ver e sentir o lado bonito desta realidade brasileira.
O livro O Abusado de Caco Barcelos me ajudou a entender os temores, as dores, os poderes, as forças, as crenças, os valores, as relações de amizade e inimizade que marcam a vida das pessoas que nascem e vivem em favelas. Pelo livro eu viajei em segurança pelas ruas e pelos esconderijos dos lugares onde o tráfico reina. Ouvi conversas que não teria permissão. Fiquei impressionada com a visão de mundo dos próprios traficantes. Senti o cheiro fétido de sujeira e sangue, via as cores escuras, ouvi os gritos de dor e senti medo do ser humano que está em todos os lugares.
O Jornal a Voz da Favela, me fez descobrir a Agência de Notícias da Favela (ANF) e o seu fundador, André Fernandes. Graças as pessoas que pertencem a este mundo, eu pude sentir o perfume, ver as cores vibrantes, ouvir os gritos de alegria e sentir confiança nas pessoas que estão em todos os lugares.
Agora, espero o momento de entrar no Morro Dona Marta e passar pelos cenários do livro. Sei que será um dos momentos mais emocionantes da minha vida. E, como “Deus me pegou no colo”, sei que vai me levar onde que pedir.

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